segunda-feira, 24 de junho de 2019

O que é ciência de verdade?



Para não sermos iludidos por conhecimentos ilusórios, provisórios, ou mesmo contraditórios, podemos tentar analisar o que seria idealmente a ciência de verdade.

Temos que começar classificando primeiramente o que não é a ciência de verdade.

E quais são os critérios para essa classificação?

As ciências que são as mais mutáveis não podem ser ciência de verdade.

A ciência da computação é a que mais muda, pois em menos de 1 ano surgem constantemente novas tecnologias de hardware, novas linguagens de programação que vão sendo incrementadas e adaptadas as tecnologias atuais, até absorver alguns dos seus métodos e posteriormente suprimi-las por completo.

A biologia também não pode ser ciência de verdade, pois constantemente antigas espécies se extinguem e novas surgem como mutações ou transformações das antigas.

A matemática também evolui constantemente com o tempo, novos conceitos, novos métodos de cálculos e novas equações surgem absorvendo e transformando o conhecimento mais antigo.

A história também não pode ser ciência de verdade, pois constantemente os acontecimentos e eventos políticos, econômicos ou territoriais mudam.

A geografia sempre está em mutação, pois acompanha a história e as mudanças nos espaços geográficos, as afeções climáticas, geológicas e metereológicas.

A física e a química trata dos componentes físicos e interações dos elementos corpóreos, dos estados materiais e energéticos, suas reações, transformações, movimentos, fases e alterações.

As linguagens escritas e faladas e seus símbolos gramaticais também estão mudando de tempos em tempos, embora mais lentamente que as outras ciências.

As invenções de grandes inventores também não podem serem consideradas ciência de verdade, pois por mais úteis que sejam, tendem a desaparecer com o tempo. O sujeito que inventou uma máquina de escrever no século XX por exemplo, provavelmente ficava muito orgulhoso do seu engenho e deveria de considerar superior ao resto da humanidade por ter inventado sua máquina. Porém depois de sua morte, a máquina de escrever desapareceu da existência, somente existindo como peça arqueológica em museus tendo o mesmo valor que um artefato de barro, pedra, cobra ou metal produzido nos tempos pré-históricos pelos hominídeos daquela época. O mesmo se aplica a todas invenções humanas, com o tempo tendem a desaparecer na história sendo substituídas por outros inventos ou descobertas melhores ou mais adaptados aos conhecimentos e costumes de uma determinada civilização. O ábaco, a pascalina, rádio, telefone de fio, relógio de bolso, relógio de sol todos viraram peças de museu. As únicas poucas obras de engenharia que parecem querer desafiar o tempo, como as pirâmides egípcias, que segundo arqueólogos existem a mais de 4 mil anos, também estão esfarelando com o tempo(clima, insolação e chuvas) e tendem a desmoronar em algum tempo futuro. Mesmo que os homens tentam restaurar essas obras, com o tempo a restauração vai substituir a obra original, de modo que num futuro não muito distante, nada de original dessas obras restarão em pé. Portanto definitivamente a engenharia não pode ser ciência de verdade e nem conhecimento superior.

A única ciência que pode ser considerada a ciência de verdade é aquela que versa sobre os fundamentos primeiros, fundamentos imutáveis e absolutos de toda realidade.

É a ciência da eternidade, do absoluto, do Ser, daquilo que permanece inalterável e sempre o mesmo, como fundo imutável mesmo diante de todas mudanças e transformações dos fenômenos da realidade.

A metafísica é a ciência de verdade, a única ciência que nos pode dar a segurança de descansar na verdade eterna, absoluta, imutável, no Ser Absoluto, na Unidade Absoluta que é o Deus da filosofia, que denominei Gigantares, unidade fora qual nada pode existir, nada pode ser diferente, tudo, todos nós fomos, somos e continuaremos sendo Gigantares.

https: //feitoza-filosofia.blogspot.com/2011/10/gigantares.html?m=1


segunda-feira, 3 de junho de 2019

O mal e a morte como instrumento da justiça perfeita

O mal que sofremos é a consequência da agressão e do mal que fazemos aos outros seres vivos e à natureza como um todo.

Todos vamos morrer porque matamos pra nos alimentar, aves, bois, animais e vegetais.

E todos esses também morrem e apodrecem para expiar o mal que cometeram contra os outros no processo de alimentação.

A planta morre porque absorveu as energias solares e os nutrientes da terra, tem que devolver a matéria que capturou do meio e assim com todas as formas de vida.

Umas vão absorvendo as outras para sua alimentação e sobrevivência e vão expiando seus pecados.

A bactéria,vírus ou câncer nos matam com as doenças e velhices. A bactéria e os vírus morrem para expiar as agressões a nós homems e a outros seres vivos.

A natureza é a justiça suprema e perfeita, nela o rico ou o pobre, o feio ou o bonito, o bom ou o mal voltam a fundirem-se no seu seio.

Como disse Jesus; " O salário do pecado é a morte".


segunda-feira, 27 de maio de 2019

Demonstração de que as sombras não podem ser a ausência da luz e a teoria da involucralidade cósmica

Na sociedade contemporânea temos fortemente divulgada a crença de que as sombras são a ausência da luz. Essa concepção não é nova na comunidade filosófica e intelectual, remontando à época dos filósofos gregos pré-socráticos.

Segundo Aristóteles em sua obra Metafísica, Parmêmides de Eléia foi um dos primeiros a chegar nessa conclusão, pois o método de investigação desse filósofo era avaliar os objetos e fenômenos da realidade como pares de contrários, o ser e o não-ser respectivamente. Por exemplo, matéria era identificada com o sinal +, ao passo que o vazio era o sinal -, masculino era o + e o feminino o -, luz o + e as trevas o - e emprendeu muitas classificações desse tipo.

Posteriormente Parmênides começou a classificar a existência desses opostos como sendo a presença do ser para os positivos e a ausência do ser para os negativos, chegando a conclusões como a matéria sendo a presença do Ser e o vazio a ausência do Ser, o masculino a presença do Ser e o feminino a ausência do Ser e finalmente a luz a presença do Ser e as trevas a ausência do Ser. Até que finalmente passou a afirmar a presença de uma qualidade negativa como ausência da outra positiva, como feminino sendo a ausência do masculino, vazio sendo ausência da matéria e trevas como sendo a ausência da luz.

Ouvimos dizerem em vídeos e artigos de internet, que Albert Einstein e outros intelectuais modernos repetiam essas mesmas afirmações absurdas, alegando que o mal é ausência do bem, frio ausência de calor e etc...Não sabemos se essas histórias sobre Einstein e os intelectuais são verdadeiras, o que importa é que essa crença é bem aceita e divulgada nas comunidades e redes sociais da internet.

Não é preciso muito esforço intelectual para percebermos o montante de confusões e contradições que essa forma de classificar e dividir as coisas, levadas até as últimas consequências, gerou. Embora esse método acerte em algumas classificações, também conduz a erros em outras. Mal não pode ser a mera ausência do bem, pois mal é uma ação que prejudica alguém e favorece o outro que à praticou . O mesmo se aplica ao frio, pois é possível estar frio mesmo com um dia de luz e sol, logo o frio não pode ser a mera ausência do calor, mas sim seria melhor definido como um ambiente de baixa temperatura, pois mesmo em ambiente de baixa temperatura ainda pode existir luz do sol e calor. Feminino também não é simples ausência do masculino, afirmar isso implica em negativar a realidade do feminino dissolvida na pura positividade do masculino, implica em mutilação de uma parte essencial da realidade . A única oposição que parece coerente é do vazio e matéria, porém examinando mais a fundo veremos que a matéria não pode existir sem o vazio, porque não haveria espaço para aonde os corpos pudessem se mover na existência. Ja sem matéria e corpos materiais o vazio absoluto não seria concebível. Portanto os opostos não são contrários inconciliáveis ou em guerra eterna, como pensavam a maioria dos filósofos antigos e muitas pessoas ainda continuam pensando hoje, mas sim complementares.

Podemos agora começar a demonstração de que as trevas não podem ser a ausência da luz. Se admitirmos que o espaço é vazio ou não-ser, como também considerava o próprio Parmênides nas suas classificações, também chegaremos por dedução que, por ser o contrário da matéria, o espaço ou vazio não pode ser composto de corpos e nem ser corpos materiais, e se não é formado de corpos e nem é um corpo também não pode ter movimento( pois todo corpo manifesta movimento) e sendo imóvel e incorpóreo não poderá possuir nenhuma das características da matéria. Segue-se que, se as sombras fossem a ausência da luz( como também consideram implicitamente aqueles que defendem o paradoxo de Olbers e o efeito doppler), o espaço por onde a luz se move e está presente teria que ter a propriedade do escuro(sombras) quando a luz não estivesse presente. Mas acima foi definido por Parmênides que o vazio é não-ser, logo é impossível que tenha alguma propriedade. Ademais, mesmo admitindo que tivesse alguma propriedade, definimos que o vazio é imóvel, definição comprovada pelos sentidos e experiência sensorial, consequentemente essa sombra ou qualquer outra propriedade seria imóvel simultaneamente com o vazio, assim como quando um corpo material se move, todas suas partes ou propriedades materiais movem-se juntas com ele. Portanto segue-se que as sombras, sendo imóveis simultaneamente com o vazio (caso fossem propriedades dele), jamais seriam dissipadas pela luz e não veríamos absolutamente nenhum objeto ou corpo material da realidade, somente a mais absoluta e imutável escuridão. Ora isso é absurdo, contradiz totalmente a experiência sensorial, portanto está demonstrado por redução ao impossível, que as trevas não podem ser a mera ausência da luz.

Algum idealista ou racionalista poderia negar o princípio do vazio extraído da experiência, alegando que o espaço não pode ser considerado vazio e imóvel, porque todos sentidos e a realidade seriam enganosos. Porém esse argumento pode ser demolido, jogando contra eles sua própria lógica, ao sustentarmos que se os sentidos e toda a realidade são enganosos, eles somente podem dizer isso dentro dessa realidade. Portanto seus próprios argumentos de que os sentidos e a realidade enganam, também seriam enganosos. No que ficam impossibilitados de discutir, enredados em suas próprias contradições e paradoxos.

Em cima dessa dedução elaboramos a teoria da involucralidade cósmica, para explicarmos as sombras no espaço sideral profundo.

O escuro da noite seria sombras projetadas por uma hipotética colossal camada de matéria condensada, que estaria envolvendo esferoidalmente todo universo e aprisionando todos corpos, galáxias e estrelas dentro dele.

Seria como se estivéssemos dentro de uma caverna, aonde as paredes, teto e chão densos rochosos emitiriam sombras para todas as direções no vácuo interno dessa caverna, enegrecendo o espaço por essas sombras encontrar-se todas umas com as outras em todas as direções do espaço interno da caverna.

As camadas de matéria densa que envolveria o cosmo não estaria sendo visível por nós aqui da terra, pelo motivo de as galáxias, estrelas e todos os corpos não conseguirem dissipar as trevas, por terem grandes espaços vazios entre cada um desses corpos estelares e galácticos, ao passo que a camada cósmica de matéria condensada é mais compacta, com pequeníssimos poros e com poico espaço vazio entre seu material agregadl, fazendo com que as trevas projetem-se em todas as direções do espaço interno do universo, enegrecendo o espaço entre as estrelas e galáxias de todo universo.

Se um dia conseguíssemos juntar a luz de várias estrelas e galáxias num continum luminoso sem grandes espaços vazios entre eles, talvez seria gerado um grande feixe de luz de alto alcance, que dissiparia as trevas dessa possível casca colossal de matéria densa, fazendo com que conseguíssemos observar essa camada (que está eclipsada por suas próprias sombras, assim como as paredes, chão e teto das cavernas estão eclipsadas pelas próprias sombras que emitem no espaço interno dessa caverna) com esse farol galáctico de luz.

O espaço por ser vazio, funcionaria como um espelho imaterial, proporcionando a passagem de luz e clarificação do espaço por meio dela e também o escurecimento da noite pelas sombras propagadas dessa hipotética e colossal casca envolvedora cósmica.

Para mais detalhes de como cheguei na elaboração dessa hipótese, temos uma explicação mais detalhada no post desse blog com o título; Origem das Trevas no espaço Sideral.

Segue o link em esse artigo pode ser acessado:

https://feitoza-filosofia.blogspot.com/2012/12/origem-das-trevas-no-espaco-sideral.html?m=1

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Comparação da lógica quântica com a lógica binária na ciência da computação

A linguaguem binária de máquina foi aprimorada e sistematizada pelo filósofo Leibniz como uma aplicação da lógica clássica aristotélica à sistemas binários indianos e chineses(expostos no I Ching o livro das mutações) da antiguidade. Leibniz se inspirou nos conceitos de yang e yin do livro chinês I Ching para sintetizar os 0 e 1 num sistema coerente, com os símbolos representando os 2 estados contrários e mutuamente excludentes, o vazio e o cheio. Os zeros e uns equivalem as oposições do feminino e masculino do I Ching e também as 2 oposições fundamentais de toda realidade, a saber, vazio(0) e matéria(1), ausência(nada) e presença(cheio) respectivamente.

Quando aplicamos a lógica bináriá-booleana na construção de sistemas e softwares, estamos programando estados possíveis de acordo com certas ações dos operadores desses sistemas. Por exemplo, numa autentificação de usuário num banco para uma determinada operação, se ele digitar a senha errada, o sistema fornecerá um estado de 0, que representa o falso(negação) e que portanto resultará numa ação computacional de não liberaração da atividade que deseja realizar. Ao contrário, se a senha estiver correta o estado será 1, que representa o verdadeiro e segue-se a ação computacional de liberação da atividade.
Ou seja, ou a operação será liberada ou não será liberada dependendo das pré-condições lógicas programadas.

As 2 operações ao mesmo tempo não podem jamais serem executadas, a aplicação não seria executada e resultaria num bug, pois as 2 ações são contrárias sendo impossível ter a liberação e não liberação de um estado simultaneamente, assim como é impossível no mundo real uma porta estar fechada e aberta simultaneamente, uma lâmpada estar acessa e apagada simultaneamente ou um corpo estar em deslocamento e em repouso (em relação ao referencial estático terra) simultaneamente. Violaria o princípio da não-contradição, a principal lei lógica extraída da realidade e que governa todos os fatos e fenômenos físicos do mundo, sem o qual as coisas como observamos e conhecemos seriam impossíveis.

A ideia da lógica quântica do qubit é sustentar que um estado computacional pode receber 0 e 1 simultaneamente e que esse tipo de lógica seria muito mais eficiente e rápida que a lógica clássica binária-bolleana. Ora, como já demonstramos acima, é impossível aplicar 0 e 1 à uma mesma operação computacional simultaneamente, assim como é impossível obtermos portas abertas e fechadas, luzes acesas e apagadas simultaneamente na realidade. Na pior das hipóteses um algorítmo com a lógica do qubit jamais seria executado.

De acordo com um artigo de dissertação de mestrado que li em pdf, disponível no google para dowload com o título;

UMA LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO
QUÂNTICA ORIENTADA A OBJETOS
BASEADA NO FEATHERWEIGHT JAVA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Samuel da Silva Feitosa
Santa Maria, RS, Brasil
2016

Fonte:https://repositorio.ufsm.br/handle/1/12028

Na página 20 e 21 o autor diz sobre a esfera de Boch:

"Observando a infinidade de possíveis pontos da esfera de Bloch, pode-se imaginar o poder de representação de um único qubit, de modo a armazenar uma grande quantidade de informação. Entretanto, essa percepção é inválida. Como já mencionado, a partir da medição
de um qubit, este entra em colapso, apresentando apenas um de seus estados puros, o que frusta a ideia do poder de armazenamento de um qubit. Por exemplo, se uma medição de um estado em superposição |0i + |1i /√2, retornar |0i, então, o qubit deixa o estado de superposição e a partir daí passará a ter o valor |0i para o restante do circuito quântico".


Em seguida ele discorre sobre todo processo de conversão de um estado de superposicão, mas se o algorítmo quântico tem que fazer toda uma conversão de estados de superposição probabilísticos quando esta em 0 e 1 simultaneamente para os valores binários determinísticos 0 ou 1, isso resultaria em mais consumo de recurso de processamento pelo processador, pois no estado clássico o processador tem acesso direto aos estados 0 ou 1 conforme o desfecho das operações executadas pelos clientes ou operadores dos sistemas, ao passo que no qubit é preciso o processador fazer complexas verificações de funcões matemáticas para a partir desses resultados obtidos, colapsar o estado de superposição de 0 e 1 simultaneamente para obter o 0 ou 1 do bit clássico, que bloqueará ou liberará as operações dos usuários.

Ou seja, os sistemas computacionais e softwares não podem trabalhar com superposições e incertezas(princípio da incerteza de Heisenberg) do suposto mundo quântico, se admiterem essas incertezas os resultados gerados podem prejudicar as empresas ou clientes. Por exemplo, numa operação de depósito de dinheiro num determinado banco por um cliente, se tivermos a aplicação de 0 e 1 simultaneamente (o princípio da incerteza) sem colapso desse estado superposto para o estado binário clássico determinístico, o depósito tanto poderá ser computado como não computado se dependesse da pura aleatoriedade dos estados indeterminísticos quânticos. Numa operação de saque no mesmo banco, o saque poderia tanto ser computado como não computado, possivelmente podendo prejudicar a empresa. Seria como fazer sistemas inseguros e incertos como um jogo de loteria.

Para quebrar esse estado de incerteza quântica que obviamente nenhuma empresa e cliente vão querer em seus sistemas e operações, é necessário fazer uma série de cálculos e conversões lógicas desses qubits para para os estados determinísticos 0 ou 1 dos bits clássicos.

Isso demonstra que na melhor das hipóteses o qubit quântico seria menos eficiente que o bit clássico, por consumir mais processamento para colapsar os estados de superposições e resgatar os estados determinísticos, ao passo que no algorítmo clássico temos acesso diretamente a esses estados determinísticos, sem precisar fazer qualquer processamento de funções e cálculos como acontece com o qubit, conforme a análise desse artigo acima abordado.

Por isso que considero que a programação com a suposta lógica quântica não tem muito sentido, uma vez que ninguém pode usar incertezas e falso e verdadeiro simultaneamente no mundo real, já que os processos computacionais precisam de determinismo e certezas para a segurança de clientes e empresas.

E pelo princípio da contradição não é possível usar 1 e 0 simultaneamente, já que os processadores precisam decidir qual processo será executado com verdadeiro(1) ou falso(0). Se executarmos as duas ações simultaneamente, o processador não irá executar nada, uma vez que as 2 atribuições são contrárias, sendo atribuídas para cada operação contrária à outra no contexto de um determinado sistema.

Por exemplo, numa operação de saque com senha correta o processo liberaSaque=1(true) & não-liberaSaque=0(false). Em caso de senha errada, não-liberaSaque=1(true) e liberaSaque=0(false). Na computação do qubit quântico cada processo desse seria 1 e 0 simultaneamente, então o processador teria que entrar nesse estado de superposição para colapsar a incerteza e trazer o 0 ou o 1 em seus estados puros da certeza determinística do mundo real. Ora isso consome muito mais processamento desnecessariamente, já que no bit clássico o processador já tem acesso diretamente aos estados determinísticos puros 0 ou 1.

Agora imaginamos um sistema operacional inteiro programado em qubit quântico e todos os softwares rodando nesse sistema operacional também programados em qubit, teríamos milhares de processos de superposição para o processador ter que colapsar e isso inevitavelmente consumiria tempo extra de processamento cumulativamente, piorando o desempenho computacional como um todo, tornando a execução dos processos inevitavelmente mais lentas.

Uma ótima solução seria conciliar hardware quântico com o bit clássico para obtermos sistemas e computações de operações cada vez mais rápidas e eficientes, porém o computador quântico parece um sonho bem distante, pois a física quântica está embasada em meras especulações matemáticas e átomos nunca foram observados de fato nos microscópios {Fonte:https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=atomos-individuais-nunca-ter-sido-vistos&id=010165110516#.XOg-Fx5v80M} , de acordo com alguns artigos recentemente publicados. Ainda segundo o princípio da incerteza de Heinsenberg, é impossível ser obtido o momento(posição) e a velocidade de uma partícula simultaneamente no espaço(descrição do seu movimento). Ou seja, é impossível medir experimentalmente uma partícula ou estado quântico, podendo apenas se fazer cálculos matemáticos probabilísticos de suas posições e velocidades no espaço(função de onda).
É por esses motivos apresentados que até hoje a computação quântica muito vem prometendo desde os anos 50, mas pouco ou mesmo nada se concretizou ainda hoje.

Acredito que provavelmente um computador quântico nunca sairá do papel e dos puros cálculos matemáticos, embora algumas universidades e empresas alegam já terem construído alguns computadores quânticos e esses estarem funcionando, porém jamais demonstraram como ele funciona e nem parece haver pedido ou registro de patente. Torcendo pelo avanço da ciência da computação e do progresso das tecnologias computacionais, espero que minhas previsões estejam erradas e que os físicos quânticos e cientistas da computação quântica estejam corretos.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Refutação do conceito de coisa-em-si kantiano



Como um empirista clássico, para mim a racionalidade e a lógica sempre está na sintetização a posteriori das informações, símbolos, percepções ou imagens captadas pelos sentidos.

Portanto, o racionalismo e idealismo existem e também são importantes, mas são a última etapa do desenvolvimento intelectivo humano, são sempre dependentes dos sentidos e do empirismo, sem os quais qualquer idealismo é vazio, contraditório ou impossível.

O conceito de coisa-em-si kantiano por exemplo, além de vazio por negar todo fenômeno real é ao mesmo tempo auto refutatório, pois se a coisa em si é definida como negação de todas as coisas sensíveis, a linguagem e os conceitos de linguaguem também são sensíveis e empíricos, portanto Kant não poderia usar nenhuma palavra ou conceito (que somente pode ser lido e entendido por ser percebido empiricamente) para representar a absoluta negação/oposição imaterial ou absolutamente transcendental da realidade.

Ademais, se Kant define coisa-em-si como algo absolutamente incognoscível, jamais ele poderia definir esse conceito como negação / oposição de toda realidade, pois somente podemos construir definições sobre fenômenos ou coisas que conhecemos e não sobre aquilo do qual negamos conhecer absolutamente.

Se Kant define coisa-em-si como absolutamente incognoscível para todos seres racionais, então no mínimo Kant deveria conhecer esse ente ou realidade absolutamente incognoscível, para poder defini-lo, o que auto contradiz a própria definição que ele deu de coisa-em-si (absolutamente incognoscível).

Ou seja, para ser verdadeira e válida a definição da coisa-em-si precisaria contradizer e refutar a si mesma.


quarta-feira, 15 de maio de 2019

A verdade do empirismo e o engano do idealismo

Uma asserção, axioma, preposição, raciocínio ou julgamento linguístico-simbólico não provém diretamente da experiência, mas sim indiretamente.

O empirismo não diz que somente conhecimentos extraídos diretamente da experiência são válidos, mas também aqueles que são indiretamente.

Ora, as palavras só podem ser aprendidas na experiência, não nascemos falando e nem escrevendo, logo as letras e as palavras da asserção; "todo conhecimento provém da experiência", foram obtidas necessariamente da experiência no nosso aprendizado escolar.

Portanto aqueles que sustentam a refutação do empirismo por esse não demonstrar que a própria frase; "Todo conhecimento é empírico",  sustentam uma pseudo refutação.

Não existe nenhum conhecimento apriori, nem mesmo matemático ou religioso, pois aprendemos números e códigos matemáticos na nossa experiência de vida na escola.

Mesmo a inspiração para criar novos símbolos, obras de arte, livros ou novas religiões provém da contemplação empírica do mundo, das suas belezas, mazelas ou problemas.

Se existisse conhecimento a priori, seres humanos não precisariam frequentarem escolas, já nasceriam sabendo ler ou escrever símbolos, cálculos matemáticos e palavras nos cadernos.

O próprio fato de o homem fazer raciocínios e dizer palavras é empírico, pois estamos na realidade e não em um mundo de puras ideias a priori(idealismo).

Para alguém poder dizer a asserção; "todo conhecimento é empírico", o homem tem que estar na experiência do mundo, verificar que todos conhecimentos evoluem ou nascem da experiência, tem que mover seus neurônios para raciocinar (neurônios que estão dentro do seu cérebro, que por sua vez está na experiência real-empírica), lábios para falar ou dedos para escrever, que são físicos e portanto empíricos (percepetíveis), os sons da afirmação "todo conhecimento é empírico", são audíveis, pois se não fossem audíveis não seriam percebidos e nem entendidos por nós, portanto também são empíricos.

As palavras da asserção; "todo conhecimento é empírico", para poder ser lidas devem ser primeiramente visíveis para quem entende português, para depois serem entendidas, logo para a frase ser dita e entendida ela deve ser sensível ou ter alguma forma de tangibilidade, tanto para quem à pronuncia(emissor) quanto para quem à ouve(receptor). Portanto a própria frase é empírica(sensível), caso contrário jamais seria percebida e entendida por qualquer pessoa.

No que o idealismo fica absolutamente refutado e o empirismo provado científico e verdadeiro empiricamente.

Refutaçáo e inversão do "Penso, logo existo" de Descartes

Para percebermos o erro principal da filosofia cartesiana, temos que ler o mestre Aristóteles.

No capítulo Tópicos da obra Órganon, Aristóteles ensina todos procedimentos para formulação de uma proposição ou raciocínio correto.

Temos que montar a proposição e depois inveter, para saber o que é genêro e o que é espécie, o que veio antes e o que veio depois e o que é causa e o que é efeito.

Por exemplo, aquile que pensa(homem) existe, mas nem tudo que existe pensa. Logo o existir é mais geral e anterior ao pensar e pensamento, pois nem tudo que existe pensa, ao passo que somente um ente específico da existência(homem), pensa.

Portanto o existir é anterior ao pensar e também causa do pensamento, pois se o pensamento fosse uma causa ou condição de toda existência, uma pedra existe, logo também deveria pensar, o que é evidentemente absurdo.

Portanto a afirmação correta é "Penso porquê existo" e não "Existo porquê penso".

Descartes chegou nesses erros porque passou a duvidar de todas as percepções sensíveis da realidade como idealista dogmático que era. A consequência de todos negadores da realidade é a tendência fatal de reacaírem nos mitos e contos de fadas subjetivos da imagimação humana, aonde pedras ou números podem falar e pensar, todo tipo de mundos invisíveis e puramente inventados tem realidade e a verdadeira realidade é negada como uma invenção diabólica de um demônio absolutamente maléfico.

Se os filósofos tivessem lido Aristóteles, muitos pseudo filósofos dos últimos 500 anos que se passaram na história por grandes filósofos da humanidade, jamais teriam sido levados a sério.