segunda-feira, 27 de maio de 2019

Demonstração de que as sombras não podem ser a ausência da luz e a teoria da involucralidade cósmica

Na sociedade contemporânea temos fortemente divulgada a crença de que as sombras são a ausência da luz. Essa concepção não é nova na comunidade filosófica e intelectual, remontando à época dos filósofos gregos pré-socráticos.

Segundo Aristóteles em sua obra Metafísica, Parmêmides de Eléia foi um dos primeiros a chegar nessa conclusão, pois o método de investigação desse filósofo era avaliar os objetos e fenômenos da realidade como pares de contrários, o ser e o não-ser respectivamente. Por exemplo, matéria era identificada com o sinal +, ao passo que o vazio era o sinal -, masculino era o + e o feminino o -, luz o + e as trevas o - e emprendeu muitas classificações desse tipo.

Posteriormente Parmênides começou a classificar a existência desses opostos como sendo a presença do ser para os positivos e a ausência do ser para os negativos, chegando a conclusões como a matéria sendo a presença do Ser e o vazio a ausência do Ser, o masculino a presença do Ser e o feminino a ausência do Ser e finalmente a luz a presença do Ser e as trevas a ausência do Ser. Até que finalmente passou a afirmar a presença de uma qualidade negativa como ausência da outra positiva, como feminino sendo a ausência do masculino, vazio sendo ausência da matéria e trevas como sendo a ausência da luz.

Ouvimos dizerem em vídeos e artigos de internet, que Albert Einstein e outros intelectuais modernos repetiam essas mesmas afirmações absurdas, alegando que o mal é ausência do bem, frio ausência de calor e etc...Não sabemos se essas histórias sobre Einstein e os intelectuais são verdadeiras, o que importa é que essa crença é bem aceita e divulgada nas comunidades e redes sociais da internet.

Não é preciso muito esforço intelectual para percebermos o montante de confusões e contradições que essa forma de classificar e dividir as coisas, levadas até as últimas consequências, gerou. Embora esse método acerte em algumas classificações, também conduz a erros em outras. Mal não pode ser a mera ausência do bem, pois mal é uma ação que prejudica alguém e favorece o outro que à praticou . O mesmo se aplica ao frio, pois é possível estar frio mesmo com um dia de luz e sol, logo o frio não pode ser a mera ausência do calor, mas sim seria melhor definido como um ambiente de baixa temperatura, pois mesmo em ambiente de baixa temperatura ainda pode existir luz do sol e calor. Feminino também não é simples ausência do masculino, afirmar isso implica em negativar a realidade do feminino dissolvida na pura positividade do masculino, implica em mutilação de uma parte essencial da realidade . A única oposição que parece coerente é do vazio e matéria, porém examinando mais a fundo veremos que a matéria não pode existir sem o vazio, porque não haveria espaço para aonde os corpos pudessem se mover na existência. Ja sem matéria e corpos materiais o vazio absoluto não seria concebível. Portanto os opostos não são contrários inconciliáveis ou em guerra eterna, como pensavam a maioria dos filósofos antigos e muitas pessoas ainda continuam pensando hoje, mas sim complementares.

Podemos agora começar a demonstração de que as trevas não podem ser a ausência da luz. Se admitirmos que o espaço é vazio ou não-ser, como também considerava o próprio Parmênides nas suas classificações, também chegaremos por dedução que, por ser o contrário da matéria, o espaço ou vazio não pode ser composto de corpos e nem ser corpos materiais, e se não é formado de corpos e nem é um corpo também não pode ter movimento( pois todo corpo manifesta movimento) e sendo imóvel e incorpóreo não poderá possuir nenhuma das características da matéria. Segue-se que, se as sombras fossem a ausência da luz( como também consideram implicitamente aqueles que defendem o paradoxo de Olbers e o efeito doppler), o espaço por onde a luz se move e está presente teria que ter a propriedade do escuro(sombras) quando a luz não estivesse presente. Mas acima foi definido por Parmênides que o vazio é não-ser, logo é impossível que tenha alguma propriedade. Ademais, mesmo admitindo que tivesse alguma propriedade, definimos que o vazio é imóvel, definição comprovada pelos sentidos e experiência sensorial, consequentemente essa sombra ou qualquer outra propriedade seria imóvel simultaneamente com o vazio, assim como quando um corpo material se move, todas suas partes ou propriedades materiais movem-se juntas com ele. Portanto segue-se que as sombras, sendo imóveis simultaneamente com o vazio (caso fossem propriedades dele), jamais seriam dissipadas pela luz e não veríamos absolutamente nenhum objeto ou corpo material da realidade, somente a mais absoluta e imutável escuridão. Ora isso é absurdo, contradiz totalmente a experiência sensorial, portanto está demonstrado por redução ao impossível, que as trevas não podem ser a mera ausência da luz.

Algum idealista ou racionalista poderia negar o princípio do vazio extraído da experiência, alegando que o espaço não pode ser considerado vazio e imóvel, porque todos sentidos e a realidade seriam enganosos. Porém esse argumento pode ser demolido, jogando contra eles sua própria lógica, ao sustentarmos que se os sentidos e toda a realidade são enganosos, eles somente podem dizer isso dentro dessa realidade. Portanto seus próprios argumentos de que os sentidos e a realidade enganam, também seriam enganosos. No que ficam impossibilitados de discutir, enredados em suas próprias contradições e paradoxos.

Em cima dessa dedução elaboramos a teoria da involucralidade cósmica, para explicarmos as sombras no espaço sideral profundo.

O escuro da noite seria sombras projetadas por uma hipotética colossal camada de matéria condensada, que estaria envolvendo esferoidalmente todo universo e aprisionando todos corpos, galáxias e estrelas dentro dele.

Seria como se estivéssemos dentro de uma caverna, aonde as paredes, teto e chão densos rochosos emitiriam sombras para todas as direções no vácuo interno dessa caverna, enegrecendo o espaço por essas sombras encontrar-se todas umas com as outras em todas as direções do espaço interno da caverna.

As camadas de matéria densa que envolveria o cosmo não estaria sendo visível por nós aqui da terra, pelo motivo de as galáxias, estrelas e todos os corpos não conseguirem dissipar as trevas, por terem grandes espaços vazios entre cada um desses corpos estelares e galácticos, ao passo que a camada cósmica de matéria condensada é mais compacta, com pequeníssimos poros e com poico espaço vazio entre seu material agregadl, fazendo com que as trevas projetem-se em todas as direções do espaço interno do universo, enegrecendo o espaço entre as estrelas e galáxias de todo universo.

Se um dia conseguíssemos juntar a luz de várias estrelas e galáxias num continum luminoso sem grandes espaços vazios entre eles, talvez seria gerado um grande feixe de luz de alto alcance, que dissiparia as trevas dessa possível casca colossal de matéria densa, fazendo com que conseguíssemos observar essa camada (que está eclipsada por suas próprias sombras, assim como as paredes, chão e teto das cavernas estão eclipsadas pelas próprias sombras que emitem no espaço interno dessa caverna) com esse farol galáctico de luz.

O espaço por ser vazio, funcionaria como um espelho imaterial, proporcionando a passagem de luz e clarificação do espaço por meio dela e também o escurecimento da noite pelas sombras propagadas dessa hipotética e colossal casca envolvedora cósmica.

Para mais detalhes de como cheguei na elaboração dessa hipótese, temos uma explicação mais detalhada no post desse blog com o título; Origem das Trevas no espaço Sideral.

Segue o link em esse artigo pode ser acessado:

https://feitoza-filosofia.blogspot.com/2012/12/origem-das-trevas-no-espaco-sideral.html?m=1

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Comparação da lógica quântica com a lógica binária na ciência da computação

A linguaguem binária de máquina foi aprimorada e sistematizada pelo filósofo Leibniz como uma aplicação da lógica clássica aristotélica à sistemas binários indianos e chineses(expostos no I Ching o livro das mutações) da antiguidade. Leibniz se inspirou nos conceitos de yang e yin do livro chinês I Ching para sintetizar os 0 e 1 num sistema coerente, com os símbolos representando os 2 estados contrários e mutuamente excludentes, o vazio e o cheio. Os zeros e uns equivalem as oposições do feminino e masculino do I Ching e também as 2 oposições fundamentais de toda realidade, a saber, vazio(0) e matéria(1), ausência(nada) e presença(cheio) respectivamente.

Quando aplicamos a lógica bináriá-booleana na construção de sistemas e softwares, estamos programando estados possíveis de acordo com certas ações dos operadores desses sistemas. Por exemplo, numa autentificação de usuário num banco para uma determinada operação, se ele digitar a senha errada, o sistema fornecerá um estado de 0, que representa o falso(negação) e que portanto resultará numa ação computacional de não liberaração da atividade que deseja realizar. Ao contrário, se a senha estiver correta o estado será 1, que representa o verdadeiro e segue-se a ação computacional de liberação da atividade.
Ou seja, ou a operação será liberada ou não será liberada dependendo das pré-condições lógicas programadas.

As 2 operações ao mesmo tempo não podem jamais serem executadas, a aplicação não seria executada e resultaria num bug, pois as 2 ações são contrárias sendo impossível ter a liberação e não liberação de um estado simultaneamente, assim como é impossível no mundo real uma porta estar fechada e aberta simultaneamente, uma lâmpada estar acessa e apagada simultaneamente ou um corpo estar em deslocamento e em repouso (em relação ao referencial estático terra) simultaneamente. Violaria o princípio da não-contradição, a principal lei lógica extraída da realidade e que governa todos os fatos e fenômenos físicos do mundo, sem o qual as coisas como observamos e conhecemos seriam impossíveis.

A ideia da lógica quântica do qubit é sustentar que um estado computacional pode receber 0 e 1 simultaneamente e que esse tipo de lógica seria muito mais eficiente e rápida que a lógica clássica binária-bolleana. Ora, como já demonstramos acima, é impossível aplicar 0 e 1 à uma mesma operação computacional simultaneamente, assim como é impossível obtermos portas abertas e fechadas, luzes acesas e apagadas simultaneamente na realidade. Na pior das hipóteses um algorítmo com a lógica do qubit jamais seria executado.

De acordo com um artigo de dissertação de mestrado que li em pdf, disponível no google para dowload com o título;

UMA LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO
QUÂNTICA ORIENTADA A OBJETOS
BASEADA NO FEATHERWEIGHT JAVA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Samuel da Silva Feitosa
Santa Maria, RS, Brasil
2016

Fonte:https://repositorio.ufsm.br/handle/1/12028

Na página 20 e 21 o autor diz sobre a esfera de Boch:

"Observando a infinidade de possíveis pontos da esfera de Bloch, pode-se imaginar o poder de representação de um único qubit, de modo a armazenar uma grande quantidade de informação. Entretanto, essa percepção é inválida. Como já mencionado, a partir da medição
de um qubit, este entra em colapso, apresentando apenas um de seus estados puros, o que frusta a ideia do poder de armazenamento de um qubit. Por exemplo, se uma medição de um estado em superposição |0i + |1i /√2, retornar |0i, então, o qubit deixa o estado de superposição e a partir daí passará a ter o valor |0i para o restante do circuito quântico".


Em seguida ele discorre sobre todo processo de conversão de um estado de superposicão, mas se o algorítmo quântico tem que fazer toda uma conversão de estados de superposição probabilísticos quando esta em 0 e 1 simultaneamente para os valores binários determinísticos 0 ou 1, isso resultaria em mais consumo de recurso de processamento pelo processador, pois no estado clássico o processador tem acesso direto aos estados 0 ou 1 conforme o desfecho das operações executadas pelos clientes ou operadores dos sistemas, ao passo que no qubit é preciso o processador fazer complexas verificações de funcões matemáticas para a partir desses resultados obtidos, colapsar o estado de superposição de 0 e 1 simultaneamente para obter o 0 ou 1 do bit clássico, que bloqueará ou liberará as operações dos usuários.

Ou seja, os sistemas computacionais e softwares não podem trabalhar com superposições e incertezas(princípio da incerteza de Heisenberg) do suposto mundo quântico, se admiterem essas incertezas os resultados gerados podem prejudicar as empresas ou clientes. Por exemplo, numa operação de depósito de dinheiro num determinado banco por um cliente, se tivermos a aplicação de 0 e 1 simultaneamente (o princípio da incerteza) sem colapso desse estado superposto para o estado binário clássico determinístico, o depósito tanto poderá ser computado como não computado se dependesse da pura aleatoriedade dos estados indeterminísticos quânticos. Numa operação de saque no mesmo banco, o saque poderia tanto ser computado como não computado, possivelmente podendo prejudicar a empresa. Seria como fazer sistemas inseguros e incertos como um jogo de loteria.

Para quebrar esse estado de incerteza quântica que obviamente nenhuma empresa e cliente vão querer em seus sistemas e operações, é necessário fazer uma série de cálculos e conversões lógicas desses qubits para para os estados determinísticos 0 ou 1 dos bits clássicos.

Isso demonstra que na melhor das hipóteses o qubit quântico seria menos eficiente que o bit clássico, por consumir mais processamento para colapsar os estados de superposições e resgatar os estados determinísticos, ao passo que no algorítmo clássico temos acesso diretamente a esses estados determinísticos, sem precisar fazer qualquer processamento de funções e cálculos como acontece com o qubit, conforme a análise desse artigo acima abordado.

Por isso que considero que a programação com a suposta lógica quântica não tem muito sentido, uma vez que ninguém pode usar incertezas e falso e verdadeiro simultaneamente no mundo real, já que os processos computacionais precisam de determinismo e certezas para a segurança de clientes e empresas.

E pelo princípio da contradição não é possível usar 1 e 0 simultaneamente, já que os processadores precisam decidir qual processo será executado com verdadeiro(1) ou falso(0). Se executarmos as duas ações simultaneamente, o processador não irá executar nada, uma vez que as 2 atribuições são contrárias, sendo atribuídas para cada operação contrária à outra no contexto de um determinado sistema.

Por exemplo, numa operação de saque com senha correta o processo liberaSaque=1(true) & não-liberaSaque=0(false). Em caso de senha errada, não-liberaSaque=1(true) e liberaSaque=0(false). Na computação do qubit quântico cada processo desse seria 1 e 0 simultaneamente, então o processador teria que entrar nesse estado de superposição para colapsar a incerteza e trazer o 0 ou o 1 em seus estados puros da certeza determinística do mundo real. Ora isso consome muito mais processamento desnecessariamente, já que no bit clássico o processador já tem acesso diretamente aos estados determinísticos puros 0 ou 1.

Agora imaginamos um sistema operacional inteiro programado em qubit quântico e todos os softwares rodando nesse sistema operacional também programados em qubit, teríamos milhares de processos de superposição para o processador ter que colapsar e isso inevitavelmente consumiria tempo extra de processamento cumulativamente, piorando o desempenho computacional como um todo, tornando a execução dos processos inevitavelmente mais lentas.

Uma ótima solução seria conciliar hardware quântico com o bit clássico para obtermos sistemas e computações de operações cada vez mais rápidas e eficientes, porém o computador quântico parece um sonho bem distante, pois a física quântica está embasada em meras especulações matemáticas e átomos nunca foram observados de fato nos microscópios {Fonte:https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=atomos-individuais-nunca-ter-sido-vistos&id=010165110516#.XOg-Fx5v80M} , de acordo com alguns artigos recentemente publicados. Ainda segundo o princípio da incerteza de Heinsenberg, é impossível ser obtido o momento(posição) e a velocidade de uma partícula simultaneamente no espaço(descrição do seu movimento). Ou seja, é impossível medir experimentalmente uma partícula ou estado quântico, podendo apenas se fazer cálculos matemáticos probabilísticos de suas posições e velocidades no espaço(função de onda).
É por esses motivos apresentados que até hoje a computação quântica muito vem prometendo desde os anos 50, mas pouco ou mesmo nada se concretizou ainda hoje.

Acredito que provavelmente um computador quântico nunca sairá do papel e dos puros cálculos matemáticos, embora algumas universidades e empresas alegam já terem construído alguns computadores quânticos e esses estarem funcionando, porém jamais demonstraram como ele funciona e nem parece haver pedido ou registro de patente. Torcendo pelo avanço da ciência da computação e do progresso das tecnologias computacionais, espero que minhas previsões estejam erradas e que os físicos quânticos e cientistas da computação quântica estejam corretos.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Refutação do conceito de coisa-em-si kantiano



Como um empirista clássico, para mim a racionalidade e a lógica sempre está na sintetização a posteriori das informações, símbolos, percepções ou imagens captadas pelos sentidos.

Portanto, o racionalismo e idealismo existem e também são importantes, mas são a última etapa do desenvolvimento intelectivo humano, são sempre dependentes dos sentidos e do empirismo, sem os quais qualquer idealismo é vazio, contraditório ou impossível.

O conceito de coisa-em-si kantiano por exemplo, além de vazio por negar todo fenômeno real é ao mesmo tempo auto refutatório, pois se a coisa em si é definida como negação de todas as coisas sensíveis, a linguagem e os conceitos de linguaguem também são sensíveis e empíricos, portanto Kant não poderia usar nenhuma palavra ou conceito (que somente pode ser lido e entendido por ser percebido empiricamente) para representar a absoluta negação/oposição imaterial ou absolutamente transcendental da realidade.

Ademais, se Kant define coisa-em-si como algo absolutamente incognoscível, jamais ele poderia definir esse conceito como negação / oposição de toda realidade, pois somente podemos construir definições sobre fenômenos ou coisas que conhecemos e não sobre aquilo do qual negamos conhecer absolutamente.

Se Kant define coisa-em-si como absolutamente incognoscível para todos seres racionais, então no mínimo Kant deveria conhecer esse ente ou realidade absolutamente incognoscível, para poder defini-lo, o que auto contradiz a própria definição que ele deu de coisa-em-si (absolutamente incognoscível).

Ou seja, para ser verdadeira e válida a definição da coisa-em-si precisaria contradizer e refutar a si mesma.


quarta-feira, 15 de maio de 2019

A verdade do empirismo e o engano do idealismo

Uma asserção, axioma, preposição, raciocínio ou julgamento linguístico-simbólico não provém diretamente da experiência, mas sim indiretamente.

O empirismo não diz que somente conhecimentos extraídos diretamente da experiência são válidos, mas também aqueles que são indiretamente.

Ora, as palavras só podem ser aprendidas na experiência, não nascemos falando e nem escrevendo, logo as letras e as palavras da asserção; "todo conhecimento provém da experiência", foram obtidas necessariamente da experiência no nosso aprendizado escolar.

Portanto aqueles que sustentam a refutação do empirismo por esse não demonstrar que a própria frase; "Todo conhecimento é empírico",  sustentam uma pseudo refutação.

Não existe nenhum conhecimento apriori, nem mesmo matemático ou religioso, pois aprendemos números e códigos matemáticos na nossa experiência de vida na escola.

Mesmo a inspiração para criar novos símbolos, obras de arte, livros ou novas religiões provém da contemplação empírica do mundo, das suas belezas, mazelas ou problemas.

Se existisse conhecimento a priori, seres humanos não precisariam frequentarem escolas, já nasceriam sabendo ler ou escrever símbolos, cálculos matemáticos e palavras nos cadernos.

O próprio fato de o homem fazer raciocínios e dizer palavras é empírico, pois estamos na realidade e não em um mundo de puras ideias a priori(idealismo).

Para alguém poder dizer a asserção; "todo conhecimento é empírico", o homem tem que estar na experiência do mundo, verificar que todos conhecimentos evoluem ou nascem da experiência, tem que mover seus neurônios para raciocinar (neurônios que estão dentro do seu cérebro, que por sua vez está na experiência real-empírica), lábios para falar ou dedos para escrever, que são físicos e portanto empíricos (percepetíveis), os sons da afirmação "todo conhecimento é empírico", são audíveis, pois se não fossem audíveis não seriam percebidos e nem entendidos por nós, portanto também são empíricos.

As palavras da asserção; "todo conhecimento é empírico", para poder ser lidas devem ser primeiramente visíveis para quem entende português, para depois serem entendidas, logo para a frase ser dita e entendida ela deve ser sensível ou ter alguma forma de tangibilidade, tanto para quem à pronuncia(emissor) quanto para quem à ouve(receptor). Portanto a própria frase é empírica(sensível), caso contrário jamais seria percebida e entendida por qualquer pessoa.

No que o idealismo fica absolutamente refutado e o empirismo provado científico e verdadeiro empiricamente.

Refutaçáo e inversão do "Penso, logo existo" de Descartes

Para percebermos o erro principal da filosofia cartesiana, temos que ler o mestre Aristóteles.

No capítulo Tópicos da obra Órganon, Aristóteles ensina todos procedimentos para formulação de uma proposição ou raciocínio correto.

Temos que montar a proposição e depois inveter, para saber o que é genêro e o que é espécie, o que veio antes e o que veio depois e o que é causa e o que é efeito.

Por exemplo, aquile que pensa(homem) existe, mas nem tudo que existe pensa. Logo o existir é mais geral e anterior ao pensar e pensamento, pois nem tudo que existe pensa, ao passo que somente um ente específico da existência(homem), pensa.

Portanto o existir é anterior ao pensar e também causa do pensamento, pois se o pensamento fosse uma causa ou condição de toda existência, uma pedra existe, logo também deveria pensar, o que é evidentemente absurdo.

Portanto a afirmação correta é "Penso porquê existo" e não "Existo porquê penso".

Descartes chegou nesses erros porque passou a duvidar de todas as percepções sensíveis da realidade como idealista dogmático que era. A consequência de todos negadores da realidade é a tendência fatal de reacaírem nos mitos e contos de fadas subjetivos da imagimação humana, aonde pedras ou números podem falar e pensar, todo tipo de mundos invisíveis e puramente inventados tem realidade e a verdadeira realidade é negada como uma invenção diabólica de um demônio absolutamente maléfico.

Se os filósofos tivessem lido Aristóteles, muitos pseudo filósofos dos últimos 500 anos que se passaram na história por grandes filósofos da humanidade, jamais teriam sido levados a sério.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Refutação da afirmação de que Deus poderia fazer o que quiser e criar o que quiser

 Deus como ser pefeito, não pode ter vontade e não pode querer nada, pois quem tem vontade é quem tem necessidade de poder, necessidade de suprir alguma carência.

O criador não precisaria ser exatamente uma cópia da criação, mas certas características similares tem de ter, por exemplo, um ser humano não pode criar uma máquina infinita e perpétua, pois ele é finito e não perpétuo, tudo que criamos também tem limites sendo finito e não perpétuo, sempre uma máquina vai estragar e ter que ser consertada ou substituída por outras, assim como nós seres humanos somos substituídos por outras pessoas e criamos outros seres humanos finitos através da reprodução, exatamente porque somos finitos e defeituosos e precisamos de alguém para nos substituir na existência.

Segue-se, que se um Deus perfeito criasse um ser humano finito e imperfeito, seria um absurdo total, uma degeneração de sua essência perfeita, já que no ato da criação do mundo e do ser humano imperfeito, ele cria o mal e a degeneração, o total oposto da perfeição, bondade e eternidade.

Consequentemente um Deus perfeito não teria necessidade de criar nada caso existisse, muito menos um mundo imperfeito e seres corruptíveis dentro desse mundo, pois esse ser perfeito já seria o máximo de toda existência sem precisar de nada para criar, pois tudo o que nós seres finitos criamos é para nos substituir ou nos auxiliar na evolução de nossa existência, porque somos limitados e imperfeitos.

Deus como ser perfeito não pode ter nenhuma carência, nenhuma vontade, nenhum desejo e consequentemente nenhum querer. Logo sustentar que Deus pode fazer o que quiser é absurdo, pois um ser perfeito nada pode querer, fazer, desejar ou mesmo criar, pois já o máximo da existência não tendo nenhuma carência em sua natureza perfeita.


A ideia de um Deus perfeito refutada pelo princípio da identidade e pelo princípio da não-contradição

Seria não-indentitário e consequentemente contraditório, Deus como sendo infinito, eterno e atemporal, causar um universo finito, não eterno e temporal.

Isso fere o princípio de identidade, que diz que todo A = A.
Exemplo: Todo homem é mortal, Sócrates é homem, logo Socrates é mortal.

Com Deus ficaria assim: Deus é infinito, eterno, e perfeito, logo sua obra(universo e seres vivos) também deveria ser infinita, eterna e perfeita. EF(infinito e eterno) = EF.

 Um efeito se mostra sempre similar a sua causa na existência. Um Deus infinito e perfeito causar um universo finito e imperfeito não obedece a identidade, assim como um homem finito dar origem à existência de um outro ser humano(filho seu) infinito e eterno também fereria a lei lógica da identidade e também nunca foi observado tal absurdo na realidade.

Logo essas premissas contraditórias são rigorosamente refutadas pelo princípio da identidade e pela lei da não-contradição. Pois seria uma corrupção e rebaixamento terrível da essência de Deus ser eterno, infinito e perfeito engendrar um universo terno, finito e imperfeito, aonde as coisas começam, se desenvolvem, envelhecem, apodrecem e são varridas da existência.