quarta-feira, 15 de maio de 2019

A verdade do empirismo e o engano do idealismo

Uma asserção, axioma, preposição, raciocínio ou julgamento linguístico-simbólico não provém diretamente da experiência, mas sim indiretamente.

O empirismo não diz que somente conhecimentos extraídos diretamente da experiência são válidos, mas também aqueles que são indiretamente.

Ora, as palavras só podem ser aprendidas na experiência, não nascemos falando e nem escrevendo, logo as letras e as palavras da asserção; "todo conhecimento provém da experiência", foram obtidas necessariamente da experiência no nosso aprendizado escolar.

Portanto aqueles que sustentam a refutação do empirismo por esse não demonstrar que a própria frase; "Todo conhecimento é empírico",  sustentam uma pseudo refutação.

Não existe nenhum conhecimento apriori, nem mesmo matemático ou religioso, pois aprendemos números e códigos matemáticos na nossa experiência de vida na escola.

Mesmo a inspiração para criar novos símbolos, obras de arte, livros ou novas religiões provém da contemplação empírica do mundo, das suas belezas, mazelas ou problemas.

Se existisse conhecimento a priori, seres humanos não precisariam frequentarem escolas, já nasceriam sabendo ler ou escrever símbolos, cálculos matemáticos e palavras nos cadernos.

O próprio fato de o homem fazer raciocínios e dizer palavras é empírico, pois estamos na realidade e não em um mundo de puras ideias a priori(idealismo).

Para alguém poder dizer a asserção; "todo conhecimento é empírico", o homem tem que estar na experiência do mundo, verificar que todos conhecimentos evoluem ou nascem da experiência, tem que mover seus neurônios para raciocinar (neurônios que estão dentro do seu cérebro, que por sua vez está na experiência real-empírica), lábios para falar ou dedos para escrever, que são físicos e portanto empíricos (percepetíveis), os sons da afirmação "todo conhecimento é empírico", são audíveis, pois se não fossem audíveis não seriam percebidos e nem entendidos por nós, portanto também são empíricos.

As palavras da asserção; "todo conhecimento é empírico", para poder ser lidas devem ser primeiramente visíveis para quem entende português, para depois serem entendidas, logo para a frase ser dita e entendida ela deve ser sensível ou ter alguma forma de tangibilidade, tanto para quem à pronuncia(emissor) quanto para quem à ouve(receptor). Portanto a própria frase é empírica(sensível), caso contrário jamais seria percebida e entendida por qualquer pessoa.

No que o idealismo fica absolutamente refutado e o empirismo provado científico e verdadeiro empiricamente.

Um comentário:

  1. Não há dúvida de que boa parte de nossos conhecimentos, costumes e culturas são apreendidos por meio da experiência. Ética, preconceitos, papéis de gênero, entre outros.

    Mas e o caso de pessoas que sabem coisas sem terem aprendido nesta vida?
    Esse empirismo abarca as experiências de supostas vidas passadas?

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