segunda-feira, 24 de junho de 2019

O que é ciência de verdade?



Para não sermos iludidos por conhecimentos ilusórios, provisórios, ou mesmo contraditórios, podemos tentar analisar o que seria idealmente a ciência de verdade.

Temos que começar classificando primeiramente o que não é a ciência de verdade.

E quais são os critérios para essa classificação?

As ciências que são as mais mutáveis não podem ser ciência de verdade.

A ciência da computação é a que mais muda, pois em menos de 1 ano surgem constantemente novas tecnologias de hardware, novas linguagens de programação que vão sendo incrementadas e adaptadas as tecnologias atuais, até absorver alguns dos seus métodos e posteriormente suprimi-las por completo.

A biologia também não pode ser ciência de verdade, pois constantemente antigas espécies se extinguem e novas surgem como mutações ou transformações das antigas.

A matemática também evolui constantemente com o tempo, novos conceitos, novos métodos de cálculos e novas equações surgem absorvendo e transformando o conhecimento mais antigo.

A história também não pode ser ciência de verdade, pois constantemente os acontecimentos e eventos políticos, econômicos ou territoriais mudam.

A geografia sempre está em mutação, pois acompanha a história e as mudanças nos espaços geográficos, as afeções climáticas, geológicas e metereológicas.

A física e a química trata dos componentes físicos e interações dos elementos corpóreos, dos estados materiais e energéticos, suas reações, transformações, movimentos, fases e alterações.

As linguagens escritas e faladas e seus símbolos gramaticais também estão mudando de tempos em tempos, embora mais lentamente que as outras ciências.

As invenções de grandes inventores também não podem serem consideradas ciência de verdade, pois por mais úteis que sejam, tendem a desaparecer com o tempo. O sujeito que inventou uma máquina de escrever no século XX por exemplo, provavelmente ficava muito orgulhoso do seu engenho e deveria de considerar superior ao resto da humanidade por ter inventado sua máquina. Porém depois de sua morte, a máquina de escrever desapareceu da existência, somente existindo como peça arqueológica em museus tendo o mesmo valor que um artefato de barro, pedra, cobra ou metal produzido nos tempos pré-históricos pelos hominídeos daquela época. O mesmo se aplica a todas invenções humanas, com o tempo tendem a desaparecer na história sendo substituídas por outros inventos ou descobertas melhores ou mais adaptados aos conhecimentos e costumes de uma determinada civilização. O ábaco, a pascalina, rádio, telefone de fio, relógio de bolso, relógio de sol todos viraram peças de museu. As únicas poucas obras de engenharia que parecem querer desafiar o tempo, como as pirâmides egípcias, que segundo arqueólogos existem a mais de 4 mil anos, também estão esfarelando com o tempo(clima, insolação e chuvas) e tendem a desmoronar em algum tempo futuro. Mesmo que os homens tentam restaurar essas obras, com o tempo a restauração vai substituir a obra original, de modo que num futuro não muito distante, nada de original dessas obras restarão em pé. Portanto definitivamente a engenharia não pode ser ciência de verdade e nem conhecimento superior.

A única ciência que pode ser considerada a ciência de verdade é aquela que versa sobre os fundamentos primeiros, fundamentos imutáveis e absolutos de toda realidade.

É a ciência da eternidade, do absoluto, do Ser, daquilo que permanece inalterável e sempre o mesmo, como fundo imutável mesmo diante de todas mudanças e transformações dos fenômenos da realidade.

A metafísica é a ciência de verdade, a única ciência que nos pode dar a segurança de descansar na verdade eterna, absoluta, imutável, no Ser Absoluto, na Unidade Absoluta que é o Deus da filosofia, que denominei Gigantares, unidade fora qual nada pode existir, nada pode ser diferente, tudo, todos nós fomos, somos e continuaremos sendo Gigantares.

https: //feitoza-filosofia.blogspot.com/2011/10/gigantares.html?m=1


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