domingo, 25 de outubro de 2020

Da real necessidade de dinheiro e investimentos em ciências e o porque devemos filtrar e optar por financiar determinadas linhas de pesquisas em detrimento de outras 

Ciência de verdade não necessariamente exige investimentos ou muito dinheiro. Temos vários exemplos de grandes cientistas nos séculos passados que nunca precisaram de grande dinheiro ou massivos investimentos para produzirem ciência. 


O cientista Michel Faraday, pesquisador e inventor de geradores e transformadores elétricos, base da eletricidade moderna, sem a qual quase nenhum laboratório científico moderno funcionaria, não tinha sequer formação acadêmica na área, era considerado um outsider e auto didata, que frequentava conferências e palestras de outros pesquisadores e estudiosos. Temos também Louis Pauster, que descobriu o antibiótico, desenvolveu uma vacina e propôs a pasterização dos alimentos, temos ainda muitos outros pioneiros da história da ciência e tecnologia que nunca precisaram de muito dinheiro para produzir ciência, experimentos, conhecimentos e aplicações científicas de alto nível.

Hoje mesmo, com todos os avanços e necessidades cada vez maiores por tecnologias, cremos que seria até possível uma pessoa que possui amor e dedicação à sua ciência e profissão montar um laboratório em casa, com sucatas e restos tecnológicos de aparelhos velhos, fazer experimentos e até quem sabe descobrir novos fenômemos e novas aplicações. Para isso, basta amor ao conhecimento, uma grande curiosidade sobre o mundo e seus fenômenos que nos cercam, uma grande vontade e paixão pelo conhecimento.

Comparada com aquelas descobertas e pesquisas pioneiras de grandes cientistas amadores e filósofos naturalistas dos séculos XV, XVI, XVII, XVII e XIX, nossa ciência moderna desenvolveu e entregou muito pouco, porém vemos todo dia na mídia integrantes da classe científica pedindo cada vez mais dinheiro para a sociedade para sua "sagrada ciência", segundo eles "indispensável" e "vital" para o futuro da humanidade.

O que nos parece que os "cientistas" de hoje querem é enriquecerem cada vez mais com o dinheiro público dos nossos impostos, retornando muito pouco quando comparado ao grande investimento que exigem. Além do mais precisamos identificar e filtrar quais ciências ou áreas científicas específicas demandam investimentos essenciais para o verdadeiro progresso da sociedade, daquelas supérfluas, que não demandam tanto ou nada e somente consomem os recursos. 
Exemplos de ciências ou áreas essenciais ao desenvolvimento da sociedade seriam a medicina, química e física experimentais-laboratoriais, biologia molecular, farmacologia e outras ciências mais experimentais. Exemplos de áreas mais especulativas ou supérfluas seriam a física mais teórica e abstrata, que pesquisa sobre a origem do universo, das estrelas, galáxias, supostos "átomos" e outros fenômenos e questões distantes do nosso cotidiano e realidade.

Não que seja proibido as pesquisas e estudos dessas áreas mais abstratas, mas sim que num cenário de crise, desemprego e escassez de recursos como o atual, devemos nos concientizar e escolher investir em ciências mais experimentais e necessárias a sobrevivência e evolução da nossa espécie e sociedade.Por exemplo, numa suposta disputa por financiamento de 2 linhas de pesquisas distintas para futuras viagens espaciais, uma pesquisa que investigue e trabalhe com testes laboratoriais de criação de materiais metálicos resistentes e leves à penetração da radiação cósmica como revestidores de naves espaciais, deve com certeza ser prefirida para liberação de recursos, do que outra linha de pesquisa que investigasse a possibilidade de criação de uma máquina superpoderosa do tempo que conseguisse criar uma dobra no suposto tecido do espaço tempo para os astronautas poderem viajarem em supostos buracos de minhocas à velocidades superluminares, pois é evidente que a primeira linha de pesquisa trará resultados mais práticos e realistas e produtivos para o início da era da colonização espacial humana, ao passo que a segunda linha de pesquisa trará muito mais problemas do que aplicações práticas e soluções reais, disperdiçando recursos, enriquecendo espertalhões e charlatães disfarçados de cientistas e resultando em fracasso do objetivo das viagens espaciais .

Os que quiserem se dedicar a essas áreas mais metafísicas e elevadas, que criem organizações independentes, sem fins lucrativos, que visam apenas o aprendizado e constante evolução do conhecimento em suas excelsas disciplinas, assim como temos as associações religiosas, espiritualistas e metafísicas, aos quais o estado, empresas e meu imposto não é obrigado a financiar, pois não se trata de conhecimento e áreas de vital importância à evolução histórica-material dos homens e da humanidade.

Se o estado é laico para a metafísica religiosa-cristã ou árabe por exemplo, porque não é laico também para a metafísica matemática-relativista-einsteiniana, física-quântica-atomística ou cosmologica-big-bansista-inflacionária?

Porque temos que aceitar o financiamento do estado com dinheiro dos nossos impostos para o ensino de certas crenças nas universidades, como big bang, inflação cósmica, universo que veio do nada,  metafísica da relatividade especial e geral de Einstein, que não possuem qualquer mínina experimentação e aplicação prática, ao passo que outros sistemas de crenças metafísicas que também não possuem aplicações práticas, como cristianismo, islamismo e espiritismo por exemplo, não podem receber o mesmo espaço e financiamento?

Não seria injusto financiar uma fantasia com dinheiro público em detrimento de outras que você não gosta? 

Não seria mais justo e progressivo para a sociedade descartar investimentos obrigatórios em todo tipo de metafísica, fantasia, contos de fadas e religião (seja monoteístas, politeístas ou ficcionistas científicas) e concentrar esses investimentos naquelas ciências que são realmente essencias para nossa sobrevivência e evolução, como medicina, farmacologia, direito, climatologia, geologia, engenharias, física e química experimentais e muitas outras ciências práticas e experimentais?