sábado, 10 de julho de 2021

Contemplando a contemplação

A palavra contemplação é formada pelo prefixo conte de conter, que podemos traduzir para contenção, se conter em si, numa realidade externa ou apreender a atenção em algo. A outra metade da palavra é formada por templar, que pode ser traduzida para templo, igreja, local de devoção ou consagração às entidades superiores, espíritos ou deuses.


Portanto, contemplação parece significar, (pela dedução dos termos empregados ns escrita), no sentido originário do termo, preender a visão ou atenção dentro do templo de orações e oferendas aos Deuses, espíritos ou outras entidades metafísicas.

Mas talvez muito antigamente, o termo era empregado à outras experiências que não necessariamente dentro de um templo religioso, como a concentração, inspiração ou iluminação através da observação dos céus noturnos com estrelas e corpos celestes cintilantes. O universo e a natureza era o templo natural dos filósofos e sábios, com suas abóbadas celestiais saturadas de luminares naturais, os quais denominanos estrelas e astros, muito mais belas, vívidas e inspiradoras que as janelas, desenhos de santos e os luminares artificiais dos templos religiosos, que são réplicas e cópias tênues, imperfeitas do maior templo sagrado e natural do mundo, que é o céu aberto, cheio de estrelas e astros divinamente cintilantes e inspiradores.

O termo arcaico mago, era usado para denominar os contempladores de astros da religião do zoroastro. Podemos até ousar dizer que a contemplação é a mãe primordial da religião e do sentimento religioso, de algo maior, muito mais grandioso e superior do que todos nós e os seres aqui da terra.

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