segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

O erro do reducionismo materialista no estudo da natureza da luz e a nova perspectiva da luz como um fenômeno semimaterial


As atuais teorias da física sobre a luz elaboradas nos 2 últimos séculos reduziram a luz como sendo constituída fisicamente de 2 estados materiais, ondas e partículas. 

As diversas interpretações derivadas para a elaboração dessas 2 teorias partiram de poucos e excêntricos experimentos com a luz sobre condições singulares, como a famosa experiência de dupla fenda de Thomas Young,que culminou na intepretação e elaboração da hipótese ondular. Alguns outros experimentos com refração e reflexão desde o período newtoniano até o início do século XX, deram origem as intepretações que culminaram na elaboração da teoria corpuscular.

O que proponho é defender a tese que esse reducionismo materialista não se aplica integralmente a natureza da luz e partiremos de observações, raciocínios e experimentos mais básicos, reproduzíveis e confirmáveis por qualquer pessoa que se interessar no assunto. 

Assumimos inicialmente que a luz manifesta determinados comportamentos materiais,como ser bloqueada e totalmente absorvida por corpos materiais densos, como paredes, metais e outras estruturas físicas sólidas, o que acontece também com um corpo material sólido em contacto direto com outro corpo sólido, pois se existe um obstáculo sólido como uma parede a minha frente, eu como corpo sólido não conseguirei transpassar essa parede e serei bloqueado por ela, o mesmo aplicando-se à luz. A luz também sofre refração ou desvio em contato com corpos em outros estados menos densos, como em meios gasosos e líquidos, como já demonstrado exaustivamente por Newton e outros grandes físicos e cientistas experimentalistas, assim como acontece reflexões em prismas e outros materiais. Até aqui nada de novo. 

A novidade é que a maioria desses experimentos com anteparos e materiais como prismas e fendas foram elaborados como formas especiais de interação com a luz, o que já constata-se que não poderiam, dessas condicões específicas e acidentais, serem derivadas interpretações físicas gerais e essenciais da natureza da luz, pois segundo Aristóteles, o pai da ciência, somente é ciência o estudo das manifestações dos fenômenos que ocorrem com maior regularidade na natureza (na esmagadora maioria das vezes), não podendo existir ciência de condições especiais e acidentais, como duplas fendas que foram colocadas por Young na frente de um raio de luz ou os prismas de Newton. Dos parcos e raríssimos resultados das deformações sofridas pela luz ao passar por esses artefatos inventados pelo ser humano, deduzir universalizando a natureza da essência do comportamento da luz em todo universo/realidade, é uma total aberração. Esse procedimento seria similar a alguém usar um espelho para deformar as imagens dos homens e posteriormente elaborar uma teoria física de que toda essência humana é universalmente aquela monstruosidade. Isso não nos parece um procedimento muito racional, lógico, regular e científico. 

Portanto considero que podemos fazer algumas observações mais básicas e tentar encontrar uma definição de luz que se enquadre melhor naquilo que é regularmente observado por todos seres humanos que tenham seus 5 sentidos funcionando plenamente. 

A primeira e mais básica observação é que a luz não pode ser totalmente reduzida a puros estados da matéria, já que é um fenômeno originado das transformações da matéria à posteriori. Um exemplo disso é a produção de energia elétrica que se transforma em luz em nossos aparelhos eletrônicos. Antes de existir luz do televisor ou das lâmpadas, precisa haver corrente elétrica passando nos fios para ser a posteriori convertida em luz nos tubos ou monitores e antes que exista energia elétrica nos fios, essa energia precisa ser produzida nas usinas pela corrente das águas dos rios represados, que por sua vez movimentam as turbinas gerando energia mecânica que é reconvertida em energia elétrica. Em fogueiras, para ser produzido o fogo, gerado calor e luz, primeiro a matéria sólida dos galhos ou carvão precisa entrar em combustão para à posteriori gerar calor e luz. Nos vagalumes no fenômeno da bioluminescência o processo é o mesmo, primeiro o corpo sólido do vagalume e depois a emissão da luz por bioluminescência. 

Mas o contrário não pode ocorrer, a saber, a luz não pode ser reconvertida em matéria, se isso acontecesse teríamos um moto perpétuo de reconversão de matéria - luz e luz - matéria add infinitum, de modo que apenas uma quantidade inicial de energia seria suficiente para ser usada por nossos aparelhos eletrônicos por toda eternidade, o que não possui nenhuma base nas experiências empíricas de nossa realidade. Caso isso de fato ocorresse seria uma maravilha, pois resolveria todos nossos modernos problemas energéticos e ambientais. Mas a realidade não é um conto de fadas. Portanto, com esse raciocínio fica demonstrado o primeiro ponto, a saber, que a luz é um efeito produzido pela matéria e que não pode ser reduzida aos 2 estados materiais, onda ou partícula, caso contrário poderia ser reutilizada e reciclada por nós, em nossas máquinas, ao infinito. 

O segundo ponto a demonstrar é a nova hipótese que defendo, de que a luz manifesta-se como um fenômeno semimaterial, ou seja, que não pode ser reduzida totalmente a estados puros da matéria, mas também ao mesmo tempo não pode ser totalmente descaracterizada ou privada dos comportamentos desses estados materiais. 

Como isso é possível? 

Ora, já observamos que a luz pode ser bloqueada por paredes, desviada por prismas, refratada e refletida em meios saturados ou específicos conforme ja demonstrado solidamente por grandes cientistas e físicos da humanidade. Porém,um feixe de luz não pode ser dividido ao meio por um anteparo, como por exemplo, por uma faca, um bastão de madeira ou qualquer outro objeto que colocarmos no meio de um raio de luz. Quando temos um certo corpo material contínuo, ao passarmos uma faca em alguma de suas partes ou batermos nele com algum objeto sólido, o mesmo dividi-se em 2 ou mais pedaços, sendo produzidos fragmentos que podem ser visualizados como 2 corpos descontínuos. 

Mas esse mesmo fenômeno da divisibilidade não ocorre com um feixe de luz, pois ao passarmos um objeto na frente do feixe ele não é dividido em 2 pedaços, mas sim totalmente bloqueado pelo objeto, então podemos deduzir desse experimento que os feixes de luz são indivisíveis. Como todos os corpos materiais são divisíveis ou quebráveis em outras partes, então resulta disso que a luz também possui qualidades do espaço vazio, que é comprovadamente indivísivel por não ser constituído fisicamente e nem poder ser destruído ou movido por nenhum corpo, fenômeno ou estado material,como já demonstrei no artigo o espaço é vazio ou imaterial, recorrendo à variados exemplos observacionais da nossa realidade. 


Como um exemplo mais fácil de ser assimilado sobre a indivisibilidade da luz, podemos dizer que um feixe não poder ser cortado e dividido ao meio por qualquer anteparo ou corpo material, de modo que uma parte desse raio de luz fique de um lado e outra fiquei de outro lado caída no chão, como um pepino cortado ao meio por exemplo. 

Consideramos que com essa observação empírica mais básica do comportamento da luz e que ocorre em inúmeros exemplos da realidade(qualquer um pode colocar qualquer anteparo na frente de um feixe de luz e nunca será observado que esse feixe se dividiu ao meio gerando 2 feixes diferentes), ao contrário dos experimentos excêntricos da física moderna com duplas fendas que colocam situações que raramente se repetiria em condições naturais no universo com intuito de reduzir a luz a estados puramente materiais, demonstramos que a luz se comporta como um fenômeno semimaterial.

A luz para nós é um fenômeno resultante da interação entre matéria e espaço vazio, não interação estritamente física, mas interação no sentido de o espaço, por ser vazio, permitir com sua passividade o movimento dos diferentes corpos materiais, movimento esse que gera atritos e atrações entre os diferentes elementos materiais, resultando em calor quando se movem e se chocam no vácuo e consequentemente desse calor e interação entre os diferentes corpos materiais, é produzida a luz. As próprias teorias astronômicas modernas de formações estelares, embasadas em observações empíricas dos nascimentos de outros sistemas estelares, sustentam o mesmo processo, ao defenderem que no início, o sistema solar era constituído por nuvens de gases e poeiras cósmicas, que começaram a girar cada vez mais rápido, se aglutinar, se aquecer até se incendiar e formar o sol, gerando assim a luz como um fenômeno híbrido, que manifesta fisicamente as heranças comportamentais(genéticas) da mãe matéria e do pai espaço vazio, através dos comportamentos materiais(refração, reflexão, absorção) e imateriais(indivisibilidade de um raio de luz em 2 ou mais corpos descontínuos) que aqui demonstramos.

Um comentário:

  1. Eu não considero que a luz seja onda ou partícula ou as 2 coisas simultaneamente.

    A luz pode manifestar esses comportamentos materiais, mas não pode ser constituída nem por partículas ou ondas e portanto não podemos falar que um raio de luz é constituído por ondas ou constituído por fótons.

    Ademais, onda e partícula não é nenhuma dualidade verdadeira, mas apenas uma dualidade aparente, pois em última instância ondas de água são reduzíveis a moléculas e partículas, que segundo a física são reduzíveis novamente a átomos, que são os constituintes de toda matéria.

    Portanto alegar que a luz é puramente onda ou puramente partícula ou as 2 coisas da na mesma, pois de todo modo está se materializando a essência da luz, que não é puramente material conforme pode ser observado por qualquer um nos experimentos mais básicos que citei aqui.

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