quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Experimento mental do carrossel e equivalência entre velocidade infinita e velocidade nula (imobilidade)do ponto de vista de um observador finito - mais uma corroboração do princípio da identidade

 Imaginemos hipoteticamente um carrossel sendo posto à girar por um ser metafísico, numa velocidade infinita. Do ponto de vista de um observador finito, o movimento do carrossel do ponto de partida até o ponto de chegada para completar uma volta seria tão rápido, que ele não detectaria os intervalos espaço-temporais dos diversos percursos do carrossel saindo do ponto de partida para mover-se e retornar a esse mesmo ponto até completar a volta. 


O observador finito veria os cavalos do carrossel estáticos sem movimento algum, pois a velocidade de partida e retorno dos cavalos ao ponto inicial seria instantânea  jamais detectando seus movimentos, portanto do seu ponto de vista, o carrossel posto para girar em velocidade infinita por um ser metafísico e o carrossel sem qualquer movimento (imobilidade) seriam equivalentes.



Dessas 2 deducões acima, podemos deduzir uma última consequência estranha, a saber, que se velocidade infinita e imobilidade do objeto no espaço são perceptivelmente equivalentes para um observador finito (como já demonstramos acima, o carrossel giraria tão rápido que nós observadores finitos jamais conseguiríamos observar ela saindo do ponto de partida e retornando ao mesmo em intervalos espaço-temporais determinístico-mensuráveis), podemos deduzir que se o ente metafísico girasse o carrosel em velocidade infinita, esse iria desaparecer como num passe de mágica, se fundindo ao vácuo ou espaço imaterial, já que se velocidade infinita de um corpo e velocidade nula são equivalentes, como o espaço vazio não tem velocidade por ser imaterial(imóvel), então ele possui velocidade nula, por sua vez é equivalente a velocidade infinita. Então deduzimos que o carrossel quando acelerado em velocidade infinita pelo ser metafísico desapareceria no espaço e se fundiria com ele por estar em velocidade infinita, que é equivalente à velocidade nula ou à imobilidade do espaco vazio. O carrossel desaparecer devido à velocidade infinita resultaria na violação da lei da termodinâmica da conservação da matéria e energia no universo. Como o desaparecimento do carrossel seria devido a velocidade infinita do seu movimento pelo ser metafísico e já demonstramos acima que velocidade infinita = velocidade instantânea, o desaparecimento do carrossel no vácuo também seria instantâneo e consequentemente imperceptível para um observador finito.

Para mais informações sobre a imaterialidade do espaço, leiam o artigo nesse blog aonde demonstramos que o espaço é vazio e imaterial:


https://feitoza-filosofia.blogspot.com/2019/03/sobre-o-vazio.html?m=1


Esse resultado imaginário também obedece ao princípio da identidade, pois um hipotético movimento, velocidade ou desaparecimento infinitos não poderiam jamais serem percebidos e medidos por seres ou observadores finitos. Seres finitos somente poderiam perceberem movimentos finitos e detectarem velocidades finitas no espaço e tempo.

Se um ser infinito girasse o carrossel em velocidade infinita, violaria o princípio lógico da não-contradição, pois o movimento de giro do carrossel se daria em velocidade infinita ou instantânea, de modo que seu estado de partida e chegada no mesmo ponto para completar uma volta seriam indiscerníveis ou simultâneos. Embora seja impossível imaginar como isso ocorreria, pois nós como seres finitos e limitados temos nossa imaginação também finita e limitada, o que obedece novamente o princípio lógico da identidade.

Esse artigo pode ser lido como um complemento do artigo demonstração dos 4 princípios fundamentais da lógica, disponível no endereço de página desse blog:


http://feitoza-filosofia.blogspot.com/2018/06/demonstracao-dos-4-pilares-fundamentais.html?m=1

Nenhum comentário:

Postar um comentário